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25/01/2018A presença da ausência
A presença da ausência: Até hoje o mais difícil de tudo que enfrentei na vida está sendo aprender a viver com a ausência da Marina, sua presença não é mais física mas suas lembranças estão em todos os lugares e praticamente em todos os momentos.
Com a morte da Marina, morreram também muitos dos meus sonhos e muito de mim e todos os dias eu vivencio a sua partida e a sua ausência que é presença constante me maltrata, pois o vazio que ficou e a saudades que sinto são imensas, não dá para mensurar e não consigo sentir saudades sem a dor.
Mas aos poucos estou descobrindo que as lembranças me fazem querer viver apesar de todo o sofrimento, me fazem buscar forças que eu nem sabia que tinha e me fizeram compreender o quão significativos são os bons e maus momentos e que de tudo realmente se tira uma lição.
Dos bons, a vontade de repetir e os maus, a busca por sabedoria para poder atravessá-lo, mesmo com cicatrizes e entender que tudo isso faz parte da vida.
Não está sendo fácil e tão pouco será breve, o luto está sendo para mim uma fase de autoconhecimento e de busca interior muito intensa.
A presença da ausência como estou definindo tudo isso pode ser transitória, ou não, não sei ainda, só sei que dar um novo sentido à vida é preciso e entender e aceitar que a saudade é o amor que ficou e que enquanto eu viver, ela viverá em mim.
1 Comment
Que desabafo lindo, profundo e sincero. Da para sentir cada sentença do texto, o pesar é paradoxalmente contrastado pela leveza do expurgar das palavras.
Sinto muito!