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A trilha sonora da vida e do luto | Posvenção e Prevenção do Suicídio

A trilha sonora da vida e do luto

Me peguei recordando de quando a Marina e o Edgard eram crianças e que desde pequenas eram apaixonadas por desenhos e filmes, meus irmãos compravam para os dois fitas VHS dos filmes favoritos e se deixasse, eles passavam o dia todo assistindo o mesmo desenho. 

Crianças gostam de repetições e Marina não era diferente, assistiu Mullan centenas de vezes, as músicas do filme Hércules, ela decorou rapidinho, lembro dela deitada no sofá, com os pés do encosto e com a cabeça para baixo e pedia para voltar a fita nas partes que ela mais gostava.

O filme Tarzan, meu Deus como ela assistiu!

Depois veio o jogo do vídeo game e passávamos praticamente o dia todo ouvindo no fundo a música “Dois mundos”.

Essas músicas fizeram parte da trilha sonora de nossas vidas e percebo o quanto isso tem me ajudado inconscientemente e dialogam muito com o meu luto.

Conversávamos sobre os filmes e suas trilhas sonoras, para mim a mais marcantes foi composta pelo Maestro Ennio Morricone, para o filme “A missão” , que era o meu favorito, eu dizia que Gabriel’s Oboe era o canto dos anjos e que imaginava o céu assim, com a música sendo tocada e ela ria e me achava muito exagerada.

Ficou admirada quando descobriu que ele era o compositor das trilhas de alguns filmes do Quentin Tarantino que ela tanto gostava.

E quis a vida que último filme que vimos juntas foi justamente “Os oito odiados”  de Quentin Tarantino,  com a trilha do Maestro e que nenhuma de nós gostamos do filme.

Nas nossas conversas sobre filmes e trilhas, contei que achava belíssima a trilha composta por Hans Zimmer para o filme “Gladiador”, pois a cena final era muito emocionante.

E que neste meu luto me pego pensando que não sei mais se queria o céu, a eternidade com as músicas do Ennio, mas sim com a cena do filme Gladiador, que o filho corre ao encontro do pai em um campo de trigo e que muitos dos enlutados se apegam na certeza deste reencontro e que isso ajuda a seguir adiante.

Que apesar de toda saudade, faço como o personagem do filme Maxximus, eu luto todos os dias para sobreviver e entendo que tenho muito a fazer e que as trilhas sonoras de nossas vidas eu continuarei a ouvir no meu luto.

E assim como a Marina tanto cantou quando criança vendo Tarzan, hoje escrevo e canto a música Dois mundos “Palavras não curam a dor de um coração que se partiu, mas não é fim, só basta crer.”

E assim sigo.

2 Comments

  1. Maria Alves disse:

    Há 1 ano perdi minha filha amada em um acidente de carro,ela tem uma irmã gêmea que estava dirigindo,noite chuvosa…um minuto de descuido que foi fatal,perdi minha filha…minha amiga…minha companheira,está difícil…entrei em depressão pós traumática…está difícil superar.

  2. Tatiana Bastos disse:

    Maria, a dor da saudade doi, aos poucos o bálsamo do tempo vai aliviando. Deus te fortaleça nesse momento, e prossiga pelos caminhos da vida. Tens aqueles que hoje estão junto de ti que também precisam de teu amor.

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