Positividade tóxica no luto.
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11/02/2022Festas de final de Ano um grande desafio para os enlutados
Mês de dezembro para quem perdeu alguém que ama é um mês de muitos desafios, um mês repleto de manifestações quando a presença da ausência se acentua ainda mais. Dezembro já é um mês diferente, por ser o último mês do ano, é marcado pelo simbolismo de encerramento de ciclos.
Encerramento do ano letivo, início das férias escolares e com isso normalmente os encontros entre as famílias vão ocorrendo.
E as festividades de Natal e Ano Novo, costumam se tornar a um peso, depois que uma morte ocorre na família e há o receio de não saber como agir, não saber se continua mantendo as tradições ou se é melhor se recolher para não sofrer ainda mais.
Há famílias que conseguem se reunir e confraternizar mantendo a tradição como forma de homenagear quem se foi.
Outras, mantêm as festas, mesmo estando em frangalhos para não chatear mais o restante da família, fazendo um sacrifício imenso.
Tem algumas que alteram as funções, mudam o local da festa, os pratos servidos, para tentar tirar do foco a ausência.
Já tem outras famílias que se isolam e só aparecem depois que tudo termina.
Acreditamos que não exista certo ou errado, acreditamos que para poder passar por estes dias desafiadores da melhor forma possível, respeitar os sentimentos e explicar para a família e amigos de forma amorosa, se conseguem ou não fazer algo nestas datas, é primordial para que os demais entendam e respeitem os sentimentos do enlutado, não o forçando a fazer nada que o desagrade e o machuque mais.
Só o enlutado saberá responder se está pronto ou não para enfrentar esses desafios. Mais importante que ter a família REUNIDA é ter a família UNIDA no mesmo bem comum, que é acolher e respeitar a dor de quem ficou.
4 Comments
Esse é primeiro final de ano que passo sem meu companheiro. Estar sendo difícil e muito complicado. As festas vêm e com elas uma série de lembranças que trazem várias emoções. É com muita dificuldade que tenho levado a vida nesses quase dois meses de sua ausência.
Thiago, sinto muito por sua perda.
A ausência é sentida todos os dias, mas nesta época fica muito mais latente, não é fácil, tudo lembra de uma forma dolorida.
E quando o fato é recente, não há ainda ferramentas para lidar com tudo que se presenta de forma tão intensa. Tudo é novo e não saber como agir e como reagir faz parte deste processo.
Receba meu abraço afetuoso.
Foi o pior fim de ano que ano que já tive. O primeiro sem a minha mãe, ela que era a minha companhia. Minha mãe acabou cmg.
Leonor, sinto muito por sua perda.
O suicídio não leva apenas a pessoa que morreu, mas leva também o mundo construido em torno dela.
E é tão devastador ter que lidar com isto, tão difícil e nesta época do ano fica tudo muito mais pesado, uma carga tão imensa que as vezes dá a impressão de que não vamos suportar carregar.
Os sentimentos ficam todos tão confusos, raiva, tristeza, medo, angústia, solidãom que junto com a saudade, machuca demais.
Receba meu abraço.